Quando alguém passa por episódios depressivos, o humor geralmente está deprimido ou irritável e há uma sensibilidade maior a situações negativas. Nesses momentos, a pessoa tem dificuldade em reagir a coisas positivas, sentindo-se apática. Quem está deprimido costuma exagerar ou criar problemas, focando seus sentimentos e pensamentos em aspectos negativos como desânimo, baixa autoestima, culpa, desesperança, tristeza, ansiedade, tédio, vazio, falta de sentido na vida e até pensamentos de morte ou suicídio. O raciocínio se torna mais lento, o que afeta a capacidade de concentração e memória, além de faltar energia e iniciativa para realizar as tarefas diárias. Em casos leves a moderados, a pessoa consegue funcionar, mas com grande esforço e de maneira inadequada. Em casos graves, a capacidade de lidar com a situação desaparece, e a cobrança por uma reação pode piorar o quadro, levando até mesmo à inanição.
A autocrítica sobre a doença geralmente permanece, mas a percepção da realidade é negativamente distorcida. Na depressão psicótica, ideias ilógicas de pecado, pobreza ou culpa são comuns, assim como alucinações auditivas e visuais.
A depressão também afeta o corpo, alterando ritmos biológicos como o padrão de sono e sintomas físicos variados (gastrintestinais, urinários, genitais ou dolorosos). O humor pode variar ao longo do dia, com piora pela manhã e melhora à tarde, ou vice-versa. O apetite e o peso podem mudar, o sono não é reparador, e há queixas de insônia ou sonolência excessiva. Além disso, sintomas físicos ou dolorosos podem aparecer, assim como a diminuição ou perda do desejo sexual.
A forma como a depressão se manifesta pode variar, dependendo das características clínicas e da evolução ao longo da vida, resultando em diferentes subtipos ou formas clínicas de apresentação.