O que o TOC faz com o cérebro?

TOC Além dos Pensamentos: Quando as Sensações Desagradáveis Ditam as Compulsões

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é frequentemente associado a pensamentos intrusivos e repetitivos, mas as obsessões não são a única força motriz por trás dos rituais e comportamentos compulsivos. Para algumas pessoas, sensações físicas desconfortáveis e fenômenos sensoriais também desempenham um papel crucial no desenvolvimento e manutenção do TOC. Neste artigo, vamos explorar como o nojo e outros fenômenos sensoriais podem influenciar o TOC e como a psicoterapia pode ajudar a lidar com esses desafios.

Nojo e Repulsa: Gatilhos Sensoriais para o TOC

O nojo é uma emoção básica que nos protege de substâncias e situações potencialmente perigosas. No entanto, para pessoas com TOC, essa sensação pode ser amplificada e direcionada a objetos e situações que não representam uma ameaça real. O contato com resíduos corporais, substâncias viscosas ou objetos tocados por muitas pessoas pode desencadear uma sensação intensa de nojo e repulsa, levando a comportamentos compulsivos de limpeza e evitação.

Além do nojo, outros fenômenos sensoriais podem estar presentes no TOC, como a necessidade de simetria, a sensação de que algo não está “certo” ou “no lugar” (fenômeno “just right”), e a necessidade de descarregar uma tensão interna através de movimentos repetitivos.

Fenômenos Sensoriais no TOC:

  • Sensações físicas desconfortáveis: Podem ser táteis, como a sensação de algo pegajoso ou áspero, ou internas, como a sensação de que algo está “fora do lugar” dentro do corpo.
  • Necessidade de simetria e ordem: A sensação de que as coisas precisam estar perfeitamente alinhadas ou organizadas, levando a comportamentos compulsivos de arrumação e contagem.
  • Tensão e urgência: Uma sensação interna de tensão ou energia acumulada que precisa ser liberada através de movimentos repetitivos, como estalar os dedos ou tocar em objetos específicos.
  • Fenômeno “just right”: A sensação de que algo não está “certo” ou “completo”, levando à necessidade de realizar ações repetitivas até que a sensação de “completude” seja alcançada.

Esses fenômenos sensoriais podem ser tão angustiantes quanto as obsessões, levando a comportamentos compulsivos que visam aliviar o desconforto e a ansiedade.

Superando os Desafios do TOC: A Psicoterapia como Aliada

A psicoterapia é uma ferramenta poderosa para ajudar pessoas com TOC a lidar com obsessões, compulsões e fenômenos sensoriais. Através da terapia, é possível desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade, reduzir os comportamentos compulsivos e melhorar a qualidade de vida.

A terapia pode ajudar a pessoa com TOC a:

  • Identificar e compreender seus gatilhos: reconhecer as situações, objetos ou sensações que desencadeiam as obsessões e compulsões.
  • Desenvolver habilidades de enfrentamento: aprender a lidar com a ansiedade e o desconforto sem recorrer a comportamentos compulsivos.
  • Expor-se gradualmente aos gatilhos: enfrentar seus medos de forma gradual e controlada, com o apoio do terapeuta.
  • Questionar e desafiar seus pensamentos obsessivos: aprender a identificar e questionar os pensamentos distorcidos que alimentam o TOC.

Como psicóloga, ofereço um espaço acolhedor e seguro para você explorar seus desafios com o TOC, incluindo as obsessões, compulsões e fenômenos sensoriais. Juntos, podemos desenvolver um plano de tratamento personalizado, que te ajude a lidar com a ansiedade, a reduzir os comportamentos compulsivos e a construir uma vida mais leve e livre.

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Por Kelly Rosa

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