Aceitando o diagnóstico de bipolaridade: um caminho de autoconhecimento

Receber um diagnóstico de transtorno bipolar pode ser um momento de grande impacto. É como se uma parte de você, que antes parecia apenas uma característica da sua personalidade, agora ganhasse um nome e uma explicação. E junto com essa nova compreensão, surge uma série de dúvidas e emoções.

As primeiras reações:

É comum que a primeira reação seja de dúvida. “Será que isso realmente se aplica a mim?”, “Onde termina a minha personalidade e começa a doença?”, “Meus momentos de energia e criatividade eram apenas sintomas?”. Essas perguntas são naturais e fazem parte do processo de aceitação.

A negação também pode surgir como uma forma de proteção. “Não, isso não pode ser verdade”, “Eu sou apenas uma pessoa intensa, não tenho uma doença”. Negar o diagnóstico pode ser uma maneira de evitar a dor e o medo que ele traz.

A raiva é outra emoção comum. “Por que eu?”, “Isso não é justo”. A raiva pode ser direcionada a si mesmo, aos médicos, à vida em geral. É importante reconhecer essa raiva e encontrar maneiras saudáveis de expressá-la.

A minimização também pode ocorrer. “Não é tão grave assim”, “Eu consigo controlar sozinho”. Minimizar a importância do diagnóstico pode ser uma forma de evitar o tratamento e as mudanças que ele exige.

Por fim, a identificação excessiva com o diagnóstico pode levar a pessoa a se definir apenas pela doença. “Eu sou bipolar”, “Tudo o que eu faço é por causa da bipolaridade”. Essa identificação pode limitar a visão que a pessoa tem de si mesma e de suas possibilidades.

Encontrando o equilíbrio:

É importante lembrar que o transtorno bipolar não define quem você é. É apenas uma parte de você, assim como suas características de personalidade, seus gostos e suas experiências de vida. Aceitar o diagnóstico não significa abrir mão da sua individualidade, mas sim entender melhor como a bipolaridade afeta sua vida e buscar o tratamento adequado para viver com mais equilíbrio e bem-estar.

Lembre-se: você não está sozinho nessa jornada. Com o apoio de profissionais de saúde mental, familiares e amigos, é possível aprender a conviver com a bipolaridade e construir uma vida plena e feliz.

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Por Kelly Rosa

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