Transtorno Borderline

A educação superprotetora e o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Borderline

A superproteção na educação é um fenômeno amplamente debatido no contexto da criação de crianças e adolescentes. Este estilo parental, caracterizado por excessivo controle, constante preocupação e intervenção exagerada na vida dos filhos, pode exercer impactos substanciais no desenvolvimento emocional e psicológico das crianças. Entre as consequências possíveis desse tipo de abordagem destaca-se a relação com o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB).

Esse tipo de educação pode contribuir para o desenvolvimento do TPB de diversas maneiras. Em primeiro lugar, o excesso de controle parental pode impedir a criança de desenvolver habilidades de tomada de decisão e autonomia. Essa falta de oportunidade para aprender a lidar com desafios e consequências pode resultar em dificuldades na regulação emocional, uma característica central do Borderline.

Além disso, a intervenção constante dos pais pode transmitir a mensagem de que o mundo é perigoso e ameaçador, gerando ansiedade e medo nas crianças. Esse ambiente superprotetor pode levar a uma sensação de insegurança e instabilidade emocional, fatores associados ao Transtorno de Personalidade Borderline.

A pressão excessiva para atender às expectativas dos pais pode contribuir para uma autoimagem instável, já que as crianças superprotegidas muitas vezes internalizam a necessidade de serem perfeitas para serem amadas e aceitas. Essa pressão constante pode contribuir para a sensação de vazio e falta de identidade própria, características comuns em pessoas com Borderline.

É crucial destacar que o desenvolvimento do TPB é multifatorial, e a educação superprotetora é apenas um dos possíveis contribuintes. Fatores genéticos, traumas precoces e outros elementos também desempenham um papel significativo. No entanto, compreender a relação entre a educação superprotetora e o desenvolvimento do Borderline ressalta a importância de abordar os estilos parentais de maneira equilibrada, promovendo um ambiente que estimule a autonomia, a resiliência emocional e o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.

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Por Kelly Rosa

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