Transtorno Borderline

A Dificuldade em Perceber o outro no Transtorno de Personalidade Borderline: Um Desafio para os Relacionamentos

No Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a busca por identidade e a fragilidade emocional podem dificultar a percepção do outro como um indivíduo separado e com necessidades próprias. Essa dificuldade pode ser comparada à incapacidade de distinguir o pescoço da cintura em uma pessoa, como se a visão do outro fosse distorcida e incompleta.

Essa falta de clareza na percepção do outro pode gerar conflitos e mal-entendidos nos relacionamentos, pois a pessoa com TPB tende a focar em suas próprias necessidades e expectativas, negligenciando os sentimentos e desejos do outro. Essa dinâmica pode levar a frustrações e ressentimentos por parte das pessoas que se relacionam com ela, que podem se sentir ignoradas e desvalorizadas.

Essa dificuldade em enxergar o outro não é intencional, mas sim uma consequência da falta de uma identidade sólida e da forte influência do narcisismo no TPB. A pessoa com TPB está tão absorta em suas próprias emoções e conflitos internos que tem dificuldade em se colocar no lugar do outro e compreender suas perspectivas.

Apesar dessa dificuldade, a pessoa com TPB é altamente sensível aos sinais emocionais do outro, especialmente em relação à figura de apoio. Essa sensibilidade, no entanto, é utilizada principalmente para garantir a própria segurança e evitar o abandono, e não para compreender as necessidades do outro de forma genuína.

Essa dinâmica complexa torna os relacionamentos interpessoais um desafio para a pessoa com TPB. A dificuldade em enxergar o outro e a tendência a se colocar no centro das atenções podem levar ao afastamento das pessoas, mesmo daquelas que se importam e desejam se aproximar.

A terapia desempenha um papel fundamental nesse processo, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para que a pessoa com TPB possa explorar suas emoções e desenvolver uma maior compreensão de si mesma e dos outros. O terapeuta, atuando como uma figura de apoio estável e consistente, pode ajudar o paciente a construir uma identidade mais sólida e a desenvolver habilidades de empatia e compaixão, essenciais para relacionamentos saudáveis e duradouros.

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Por Kelly Rosa

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